Nesta semana o professor, explicou-nos em que consistia o projecto.
Temos que partir de um conto, temos de recontar a história utilizando, imagens modificadas num programa.
As rãs pedindo rei.
Num grande charco imundo viviam muitas rãs em grande confusão. Bem…a confusão era a seguinte: cada uma das rãs fazia o que muito bem entendia e lhe vinha à cabeça, porque – era certo e sábio! – rei era coisa que não havia naquele charco…
Então, um dia as rãs reuniram-se em cima de algumas pedras e começaram a gritar para o céu:
-Ó deus dos bichos, bichinhos e bicharocos deste lugar, tende piedade de nós! Queremos um rei que nos governe e ponha ordem no nosso viver! Assim como vivemos, não temos futuro nenhum!
O deus dos bichos, bichinhos e bicharocos deve ter ouvido este clamor e deve ter tido pena das rãs daquele charco. O certo é que logo no dia seguinte ouviu-se um estrondo enorme e caiu do mais alto dos céus um enorme rei muito quieto e muito solene.
Ao tombar no meio do charco, o rei fez um enorme estardalhaço e todos os habitantes do lugar fugiram a bom fugir ou se esconderam á pressa por onde calhava! E quietinhos estiveram por entre os juncais e as raízes dos salgueiros, no lodo do lugar! O rei não tugia nem mugia, dias e dias a fio! Que esquisito! A pouco e pouco as rãs começaram a espreitar o que fazia o seu rei que tinha caído lá do alto dos céus e.. viram que ele continuava enorme e parado no meio do charco. Então foram perdendo o medo e aproximaram-se. O que haviam elas de ver?! Que o rei era nem mais nem menos um pedaço de madeira!
Às centenas, saltam rãs de todos os lados e divertem-se a pular para cima do pedaço de madeira flutuante, e a dar pulos e cambalhotas, muito contentes.
Quando a brincadeira e o espanto passaram, as rãs ficaram irritadas e exclamaram para o rei dos bichos, bichinhos e bicharocos:
- Ó deus, então foi este o rei que te pedimos?! Este é um rei que não presta para nada, pois não castiga nem perdoa, não se mexe nem nada! Queremos um rei que se veja!
Então o deus que as ouvia mandou outro rei: uma altiva cegonha de pernas altas! Mal a cegonha se viu coroada pelo deus, como rei das rãs, logo pensou: “ Agora, quem vai tirar o papo da miséria sou eu” !!
E toca de comer rãs e mais rãs, que parecia até que nada lhe enchia o papo por completo ! Pata aqui, pata acolá, quanta rã apanha, quanta rã engole!
A aflição é geral e por todo o charco só se ouve uma grande lamúria. Gritam que o rei é louco e tem fúrias, e que trata á bruta o seu povo! Então suplicam ao deus lá dos altos que lhes dê outro rei que não coma tão depressa! Respondeu-lhes dei-vos este rei, mais vivaço. O primeiro era bom? Este é mau? Pois agora terão de o aguentar.
Quem muito pede sempre pior encontra…
Imagens que vou utilizar :